PRÉVIA (n.t.) 5º

Os cantos de Bilítis | Les chansons de Bilitis
Pierre Louÿs

O texto: Idealizados como uma brilhante mistificação literária, Os cantos de Bilítis tornaram o seu autor mundialmente conhecido. Fazendo-se passar por Bilítis, linda cortesã e talentosa poetisa que teria sido contemporânea de Safo de Lesbos (século VI a.C.), Pierre Louÿs criou uma obra tão semelhante aos textos originais da tradição grega que mesmo os estudiosos da Antiguidade clássica acreditaram em sua autenticidade. Mais tarde o escritor reconheceu que a primeira publicação d’Os cantos era apenas um trote, contudo a popularidade deles não diminuiu em razão disso. Traduzido para dezenas de línguas, ilustrado por grandes artistas plásticos, como Willy Pogany e Jean Lébédeff, e levado por David Hamilton às telas de cinema, esse “romance lírico” continua a sensibilizar os leitores do mundo inteiro.
Texto traduzido: Les chansons de Bilitis traduites du grec par Pierre Louÿs. Paris, 1898 (10ª edição francesa); texto reproduzido: Louÿs, Pierre. Os cantos de Bilítis. Trad. de Oleg Almeida. Ibis Libris: Rio de Janeiro, 2011.

O autor: Pierre Félix Louis, mais conhecido como Pierre Louÿs, nasceu em 10 de dezembro de 1870, na cidade belga de Gant. Estreando em 1892 com a coletânea poética Astarteia, lançou, a seguir, sua opera magna, Os cantos de Bilítis (1894), e seu melhor romance Afrodite, cujas vendas somaram 31 mil exemplares tão só no ano de 1896, cifra colossal para os padrões do século XIX. Nenhum dos seus livros posteriores, sejam romances (A mulher e o fantoche, 1898; As aventuras do Rei Pausole, 1901; Três filhas de sua mãe, 1926), artigos críticos (Molière é uma obra-prima de Corneille, 1919) ou escritos obscenos (Manual de civilidade para as mocinhas..., 1926; Doze dúzias de diálogos ou Pequenas cenas amorosas, 1927), teve igual sucesso. Arruinado e quase esquecido nos últimos anos de sua vida, Pierre Louÿs faleceu em Paris, em 4 de junho de 1925. Suas Obras Completas vieram a lume postumamente.

O tradutor: Nascido na Bielorrússia (1971) e radicado no Brasil, Oleg Almeida é poeta lusófono e tradutor. Publicou os livros de poesia Memórias dum hiperbóreo (2008) e Quarta-feira de Cinzas e outros poemas (2011), e traduziu diversas obras do russo e do francês. Sua tradução d’Os cantos de Bilítis foi lançada pela editora Ibis Libris, em 2011. Para a (n.t.) traduziu Canções alexandrinas, de Mikhail Kuzmin; A flor vermelha, de Vsêvolod Gárchin; e O Zoo, de Velimir Khlêbnikov.



☞ LOUŸS, Pierre. Os cantos de Bilítis | Les chansons de Bilitis.
Trad. Oleg Almeida. (n.t.), n. 5, v. 2, set. 2012, pp. 121-145.


© (n.t.) Revista Nota do Tradutor
ISSN 2177-5141